“Tínhamos provas concretas contra o Manchester City. Tenha a convicção que eles cometeram fraude. O dono colocou dinheiro no clube e declarou-o como patrocínio. Depois eles usaram 1 batalhão de advogados para obstruir as nossa auditorias e provas. Esta nova investigação da Premier League é maior que a da UEFA em 2020.”
A frase é de Yves Leterme, antigo investigador-chefe da UEFA, em cargo da investigação contra o City em 2020.
Na altura, a grande questão que fez cair o caso da UEFA foi que o Tribunal Arbitral do Desporto não aceitava as provas principais pois essas provas eram antigas e já tinham prescrito. Ora, o problema do clube que está na posse do Abu Dhabi United Group é que a Premier League tem poderes totais para usar as provas de quando bem quiser. E os citizens não podem recorrer para o tal tribunal que os salvou da pesada pena da UEFA.
Segundo a Premier League, a imensa maioria dessas infrações dá-se pelo City inflacionar as suas receitas comerciais (patrocínios) para justificar os seus gastos. E isso teria sido feito com o Abu Dhabi Group, dono do clube, pagando muito mais pelos patrocínios do que o valor de mercado. Por exemplo: segundo a acusação da Premier League, o Abu Dhabi Group pagava muito mais do que o valor de mercado para dar o nome do Estádio do City de Eithad, outra empresa do grupo.
Dinheiro que estraga o jogo
Certamente que fico muito contente pelas entidades que gerem o futebol e têm o poder de o reformar estão a prestar atenção a estes clubes/país. Assim, a verdade é que estes clubes monopolistas estão a vencer os outros clubes fora do campo. Apenas e só por terem muito mais dinheiro e comprarem todos os jogadores. Não é suposto ser assim.
Reforma do governo britânico a caminho
Entretanto, nos próximos dias vai ser lançado um pacote de reforma nas regras de governação do futebol inglês. O governo britânico está incomodado com a permissividade com que os clubes da Premier League estão a ser comprados e conduzidos por governos do Oriente Médio e/ou com dinheiro de origem “duvidosa”. E deve regular o setor nos próximos dias.
P.s – A saber, o Manchester City é propriedade do Abu Dhabi United Group, que pertence a Mansour bin Zayed Al Nahyan, membro da família real dos Emirados Árabes Unidos (EAU). Khaldoon Al Mubarak é o responsável pela gestão do emblema inglês.
Antonio
Fevereiro 7, 2023 at 6:56 pm
Estou um pouco ansioso por ver o resultado disto. Há que investigar o resto… PSG, Chelsea, Real Madrid, Barcelona, fcporto…
Fura Redes
Fevereiro 7, 2023 at 7:34 pm
sinceramente, acho que o City, como foi dos primeiros, vai pagar a fava dos outros. acho que não se safam. mas os outros aprendem e continua tudo na mesma
JotaPê
Fevereiro 7, 2023 at 9:49 pm
E o Benfica e os outros todos com telhadinhos de vidro…
Fura Redes
Fevereiro 7, 2023 at 10:10 pm
O Benfica? O dinheiro do Benfica vem dos petrodólares?
JotaPê
Fevereiro 8, 2023 at 11:06 am
Não. Mas muito vem de onde sabemos. E fora o que não aparece nas contas. Ou achas que o Benfica é um modelo de honestidade?
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