O Manchester City desmontou o Real Madrid na super-antecipada 2ª mão das meias finais da Liga dos Campeões e está na grande final da competição! Fica para a história o melhor jogo deste emblema na maior prova de clubes do Mundo. Foram 4 mas podiam ter sido mais, bem mais… Um domínio avassalador! Daqui a 50 anos ainda se vão ouvir lendas desta noite nas ruelas de Manchester.
A Mona Lisa de Guardiola
Aquela 1ª parte… hum… Que espancamento! A obra de arte da carreira de Pep? A Mona Lisa do catalão? Muito provavelmente. Tudo começa na capacidade de pressão desta equipa que sufoca os adversários e que nunca faz a formação baixar. Assim, avança sempre com várias unidades para zonas já perto do golo do rival. Vejam este mapa de posicionamento da 1ª metade do desafio:
É impressionante! Um 3-3-4, com Gundogan (#8) sempre com ataques à área e aos espaços vazios na linha de 4 do Real, fazendo com que os sky blues tivessem quase sempre uma vantagem de 4×5 na zona de finalização. Brilhante. Total mérito mas aqui também dou muito demérito à linha de 3 médios do Real Madrid que não teve pernas nem cabeça para contrair esta vantagem óbvia que os ingleses iam procurar e nunca ajudaram a sua linha defensiva, nem nunca compensaram de forma competente.
Olhem a posição de Stones (#5), que sem bola jogou com defesa central numa linha de 4, e com bola jogou a médio centro. Revolucionário!
Ao mesmo tempo, muita competência para como Guardiola anulou Vinícius Jr. na defesa e como aproveitou o facto do internacional brasileiro não descer. Foi pela esquerda que o City desequilibrou no ataque na 1ª parte, colocando Camavinga em sofrimento e em vários 2 para 1. Mas também no combate à construção do ainda campeão europeu essa preocupação ficou evidente desde o pontapé de baliza de Courtois na forma assimétrica como se colocaram no relvado:
A nova posição em campo
Tantos detalhes, tanto amor ao pormenor que fica difícil escrever sobre a genialidade do que assistimos. Olhem para John Stones, por exemplo, olhem para como ele com bola jogou a médio centro e sem bola jogou a defesa central numa linha de 4. Um central que se transforma em médio 8… Guardiola inventou uma nova posição e alguém vai ter de lhe dar nome!
Eu sei que não é de hoje, e já vimos isto durante esta temporada, mas é diferente fazer isto contra o Real Madrid numa meia final da Champions e ter sucesso. Esta será a evolução natural dos centrais depois de neste década se ter pedido para começarem a serem bons com a redondinha nos pés. Agora, vão subir ainda mais no campo. E Guardiola lidera a revolução.
O coração da equipa
Uma equipa fantástica que Pep montou no Etihad: Haaland são os golos, de Bruyne a magia, Rodri o pêndulo, etc… Mas querem falar de alma, do orgulho, da personalidade da equipa? Então falem de Bernardo Silva! É tantas e tantas vezes ele nos maiores palcos e quando a equipa mais precisa de afastar os demónios! Que jogador!
Jota Pê
Maio 17, 2023 at 9:29 pm
O que é o Bernardo Silva ao pé do Taremi?
Tavares
Maio 17, 2023 at 10:35 pm
“Olhem a posição de Stones (#5), que sem bola jogou com defesa central numa linha de 4, e com bola jogou a médio centro. Revolucionário!”
Esse tipo de situação já vem do Ajax dos anos 70
JotaPê
Maio 18, 2023 at 8:29 am
Uma equipa de merda, sem história, construída na base da lavandaria.
Espero que o inter faça uma gracinha e limpe a final a estes.
Sss
Maio 18, 2023 at 10:31 am
Grande futebol desta equipa! Orgulho de ter no onze 2 grandes Benfiquistas 😁
JotaPê
Maio 18, 2023 at 11:16 am
Dois grandes benfiquistas que não querem jogar no Benfica…
O conceito de benfiquismo está um bocadinho adulterado, realmente… bem, com o actual adepto, até um dragao no emblema estaria bonito…
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