Aquela que foi, muitas fontes oficiais dizem, a maior enchente da história de um estádio em Portugal, um recorde absoluto, ocorreu no antigo Estádio da Luz a 4 de Janeiro de 1987. Faz hoje 37 anos. Na altura jogou-se um clássico frente ao FC Porto, para o Campeonato Nacional, que terminou com uma vitória do Benfica, por 3-1, com um hat-trick de Rui Águas. Uma vitória decisiva para o título de campeão nacional que o SLB viria a conquistar, pois venceu o seu rival por apenas 2 pontos. Lembrar também que essa equipa dos dragões, de Artur Jorge, foi campeã europeia nesse ano.
O Estádio da Luz esteve cheio como um ovo, com uma assistência estimada de 135/140 mil pessoas a ocuparem os 120 mil lugares da Catedral!
Para quem a viu, como eu, a puxar pelo Sport Lisboa Benfica com 90/100 mil pessoas é quase impossível imaginar o que seriam 140 mil apaixonados benfiquistas e o barulho que esta onda vermelha produziu. Loucura! Sem dúvida que deve ter sido inesquecível.
A ficha do jogo, com vários nomes míticos do futebol português:
O Fura-Redes é um projeto independente com mais de 10 anos, sempre com destaque para o Benfica e futebol internacional, escrito por Tiago Wemans (furaredes11@gmail.com). Por vezes participo no Visão Vermelha Podcast e no Bola na Rede, órgão de comunicação social de Desporto.
Poucas semanas depois do desastre em Alvalade – 7-1.
Tenho ainda dúvidas se foi esse o jogo com mais assistência, se não foi terá sido também contra o Porto na época seguinte 87/88 – 1 a 1.
Outros tempos – quem tivesse menos de 14 anos podia entrar com um sócio, impensável nos dias de hoje.
Nesse jogo, em que eu estive e posso confirmar que o estádio nunca encheu assim, estiveram bem mais de 20 000 portistas pelo que não foram 140 000 benfiquistas. Nunca estiveram tantos portistas num jogo com o Benfica na Luz. Foi num tempo em que ainda não havia regras com percentagens predefinidas para os adeptos em jogos fora e que o FCP tinha grandes equipas e era acompanhado por grande numero de adeptos, com o PdC a provocar tudo e todos antes dos jogos. A enchente também se justifica porque era um tempo em que os sócios só pagavam 5 jogos por ano desde que tivessem as cotas em dia e em que uma grande percentagem dos presentes eram menores de idade como eu e entrava-se sem pagar desde que se tivesse um cartão da federação como praticante. Eu fiquei sentado numa das escadas de acesso aos lugares no terceiro anel no lado oposto ao local onde ficou a maioria dos adeptos portistas quando ainda não havia “jaulas” e eram permitidas bandeiras. O barulho de ambos os lados foi ensurdecedor e durante largos períodos o som dos adeptos portistas abafou o som dos benfiquistas, embora no fim tenhamos sido nós a fazer a festa e eles tiveram de enrolar as bandeiras e sair caladinhos…
Sérgio
Janeiro 4, 2024 at 11:30 am
Poucas semanas depois do desastre em Alvalade – 7-1.
Tenho ainda dúvidas se foi esse o jogo com mais assistência, se não foi terá sido também contra o Porto na época seguinte 87/88 – 1 a 1.
Outros tempos – quem tivesse menos de 14 anos podia entrar com um sócio, impensável nos dias de hoje.
Fura Redes
Janeiro 4, 2024 at 4:03 pm
sim, comecei a ir à bola mais tarde mas ainda sou do tempo de entrar ao colo do pai só para ser gratuito
Alberto joão
Janeiro 4, 2024 at 12:57 pm
Nesse jogo, em que eu estive e posso confirmar que o estádio nunca encheu assim, estiveram bem mais de 20 000 portistas pelo que não foram 140 000 benfiquistas. Nunca estiveram tantos portistas num jogo com o Benfica na Luz. Foi num tempo em que ainda não havia regras com percentagens predefinidas para os adeptos em jogos fora e que o FCP tinha grandes equipas e era acompanhado por grande numero de adeptos, com o PdC a provocar tudo e todos antes dos jogos. A enchente também se justifica porque era um tempo em que os sócios só pagavam 5 jogos por ano desde que tivessem as cotas em dia e em que uma grande percentagem dos presentes eram menores de idade como eu e entrava-se sem pagar desde que se tivesse um cartão da federação como praticante. Eu fiquei sentado numa das escadas de acesso aos lugares no terceiro anel no lado oposto ao local onde ficou a maioria dos adeptos portistas quando ainda não havia “jaulas” e eram permitidas bandeiras. O barulho de ambos os lados foi ensurdecedor e durante largos períodos o som dos adeptos portistas abafou o som dos benfiquistas, embora no fim tenhamos sido nós a fazer a festa e eles tiveram de enrolar as bandeiras e sair caladinhos…
Fura Redes
Janeiro 4, 2024 at 4:02 pm
obrigado pelo comentário
Anónimo
Janeiro 4, 2024 at 7:16 pm
Estás a ver, Fura?
É possível ter um blogue com comentários bons e que dignificam o teu trabalho sem trolls e dragartos a comentar o tempo inteiro…