São demasiados casos seguidos de maus tratos aos adeptos de futebol em Portugal. Demasiados. Não somos criminosos!
O que se passou ontem no Estádio do Dragão, com a entrada nas bancadas dos fãs da equipa milanesa, é uma vergonha. Há até relatos de um jovem que foi arremessado como um saco de batatas antes do FC Porto 0-0 Inter.
O que me custa mais é que tudo isto é pensado. Tudo isto tem o objetivo de afastar as pessoas dos estádios e fazer delas assinantes da Olivedesportos! Pois… Tudo se resume a isto. Adepto no estádio não paga assinatura. Valerá a pena?
E antes que respondam que “os italianos do Inter de Milão que estavam no Dragão nunca vão assinar a Sporttv.” Calma… O exemplo de ontem é só o sinal de como já é à vontadinha tratar os adeptos como gado suíno. E, este ano, já aconteceu na Luz também com vergonhosas revistas dos seguranças ao adeptos visitantes. Assim, este assunto não tem nada a ver com cores clubísticas. É algo que devia preocupar todos os clubes, todos os dirigentes que, uma vez por todas, deviam olhar a longo prazo e pensar que estão a transformar o futebol português num cemitério para ganhar uns trocos, com as receitas da TV, a curto prazo.
O caso do menino da Madeira
Similarmente, ainda nem há 3 dias, na Madeira, um momento de ternura de uma criança, simpatizante do SL Benfica, está a ser transformado num ato criminoso. Apesar de tudo se ter desenrolado sem grandes problemas, o pai do adepto foi identificado pela PSP, devido ao facto da criança, já com o jogo terminado, ter ido ter com David Neres para lhe pedir a camisola. Agora, de acordo com os regulamentos, incorre mesmo numa infração que pode conduzir a uma contraordenação.
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