FPF farta do Conselho de Arbitragem

Surpreendentemente a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) manifestou esta terça-feira, em comunicado, a intenção de constituir um grupo de trabalho para se avançar para um modelo de organização da arbitragem que contemple uma entidade externa, tal como acontece em outros países.

Antes de mais nada escrever que estou completamente de acordo! Sem dúvida que esta medida seria um passo muito interessante. Mas também é bom ver que a FPF reconhece que este modelo de gestão da arbitragem é mau para todos. Sobretudo para os árbitros.

O aviso está dado aos árbitros portugueses (LINK)

Assim, a esperança é que, além de muitas outras coisas, mude tudo na parte da formação. Pois o grande problema da arbitragem estar na FPF é que nas distritais quem manda nas carreiras dos árbitros são as federações regionais. Todos sabemos que isso acaba em favores e corrupção para agradar a quem permite melhorar a carreira. E depois quando chegam as níveis profissional já fizeram tantos favores que já não podem largar a mão aos interesses que os levaram para cima. Uma mão lava a outra…

Eis o comunicado na íntegra:

“Organização da função de arbitragem nas competições desportivas profissionais

1.  A Direção da FPF entende que o Conselho de Arbitragem e a arbitragem gozam da liberdade e da independência necessárias para o normal funcionamento, nomeadamente no que concerne às competições profissionais. Também é sua convicção que o trabalho conjunto dos membros do CA e das equipas de arbitragem tem permitido melhorar o setor.

2.  Tal como tem demonstrado ao longo dos seus três mandatos, a Direção da FPF está sempre disponível para novas soluções e ideias.

3.  A FPF propõe que se avance em Portugal para um modelo de organização da arbitragem nas competições profissionais que contemple uma entidade externa, a exemplo do que já sucede em outros países, o que permitirá utilizar ferramentas e mecanismos legais que garantam a constituição e desenvolvimento do quadro de árbitros mais adequado.

4.  Face ao atual enquadramento legal, a FPF entende que será necessário estudar a alteração das principais normas que regulam a gestão da função de arbitragem.

5. A FPF informou desta intenção os sócios da Federação Portuguesa de Futebol e a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e convidará de imediato a Liga Portugal e a APAF para integrar um grupo de trabalho que será liderado pelo presidente do Conselho de Arbitragem e que contará com o suporte da Direção Jurídica da FPF”.

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