O Manchester City desmontou o Real Madrid na super-antecipada 2ª mão das meias finais da Liga dos Campeões e está na grande final da competição! Fica para a história o melhor jogo deste emblema na maior prova de clubes do Mundo. Foram 4 mas podiam ter sido mais, bem mais… Um domínio avassalador! Daqui a 50 anos ainda se vão ouvir lendas desta noite nas ruelas de Manchester.
A Mona Lisa de Guardiola
Aquela 1ª parte… hum… Que espancamento! A obra de arte da carreira de Pep? A Mona Lisa do catalão? Muito provavelmente. Tudo começa na capacidade de pressão desta equipa que sufoca os adversários e que nunca faz a formação baixar. Assim, avança sempre com várias unidades para zonas já perto do golo do rival. Vejam este mapa de posicionamento da 1ª metade do desafio:
É impressionante! Um 3-3-4, com Gundogan (#8) sempre com ataques à área e aos espaços vazios na linha de 4 do Real, fazendo com que os sky blues tivessem quase sempre uma vantagem de 4×5 na zona de finalização. Brilhante. Total mérito mas aqui também dou muito demérito à linha de 3 médios do Real Madrid que não teve pernas nem cabeça para contrair esta vantagem óbvia que os ingleses iam procurar e nunca ajudaram a sua linha defensiva, nem nunca compensaram de forma competente.
Olhem a posição de Stones (#5), que sem bola jogou com defesa central numa linha de 4, e com bola jogou a médio centro. Revolucionário!
Ao mesmo tempo, muita competência para como Guardiola anulou Vinícius Jr. na defesa e como aproveitou o facto do internacional brasileiro não descer. Foi pela esquerda que o City desequilibrou no ataque na 1ª parte, colocando Camavinga em sofrimento e em vários 2 para 1. Mas também no combate à construção do ainda campeão europeu essa preocupação ficou evidente desde o pontapé de baliza de Courtois na forma assimétrica como se colocaram no relvado:
It was 72% City poss in 1st half but, let's not skip OOP 🙂 The asymmetric structure City using to press at Madrid goal kicks has been essential in limiting Madrid's possession trying to overload left flank. This is benchmark performance in every department. pic.twitter.com/qUkcyuG51Y
Tantos detalhes, tanto amor ao pormenor que fica difícil escrever sobre a genialidade do que assistimos. Olhem para John Stones, por exemplo, olhem para como ele com bola jogou a médio centro e sem bola jogou a defesa central numa linha de 4. Um central que se transforma em médio 8… Guardiola inventou uma nova posição e alguém vai ter de lhe dar nome!
Eu sei que não é de hoje, e já vimos isto durante esta temporada, mas é diferente fazer isto contra o Real Madrid numa meia final da Champions e ter sucesso. Esta será a evolução natural dos centrais depois de neste década se ter pedido para começarem a serem bons com a redondinha nos pés. Agora, vão subir ainda mais no campo. E Guardiola lidera a revolução.
O coração da equipa
Uma equipa fantástica que Pep montou no Etihad: Haaland são os golos, de Bruyne a magia, Rodri o pêndulo, etc… Mas querem falar de alma, do orgulho, da personalidade da equipa? Então falem de Bernardo Silva! É tantas e tantas vezes ele nos maiores palcos e quando a equipa mais precisa de afastar os demónios! Que jogador!
Jota Pê
Maio 17, 2023 at 9:29 pm
O que é o Bernardo Silva ao pé do Taremi?
Tavares
Maio 17, 2023 at 10:35 pm
“Olhem a posição de Stones (#5), que sem bola jogou com defesa central numa linha de 4, e com bola jogou a médio centro. Revolucionário!”
Esse tipo de situação já vem do Ajax dos anos 70
JotaPê
Maio 18, 2023 at 8:29 am
Uma equipa de merda, sem história, construída na base da lavandaria.
Espero que o inter faça uma gracinha e limpe a final a estes.
Sss
Maio 18, 2023 at 10:31 am
Grande futebol desta equipa! Orgulho de ter no onze 2 grandes Benfiquistas 😁
JotaPê
Maio 18, 2023 at 11:16 am
Dois grandes benfiquistas que não querem jogar no Benfica…
O conceito de benfiquismo está um bocadinho adulterado, realmente… bem, com o actual adepto, até um dragao no emblema estaria bonito…