História! Pela primeira vez na história do futebol, o vídeo-arbitro (VAR) comunicou ao estádio e ao mundo a sua decisão em direto. Foi no Al Ahly-Auckland, primeira ronda do Campeonato do Mundo de clubes FIFA 2023, que está a acontecer em Marrocos.
Um passo importante, que fazia falta e que já acontece em todas as modalidades que têm VAR, como NFL e rugby.
Neste caso, já mesmo no final do jogo inaugural desta competição da FIFA, o juiz principal que tinha assinalado penalty e cartão amarelo, depois de chamado pelo VAR para ver as imagens, passou a sua decisão para livre, fora da área, e cartão vermelho direto.
Assim, árbitro chinês Ma Ning explicou a decisão (falta e cartão vermelho para Mitchell aos 97 minutos) pelas às colunas do estádio em Tânger, Marrocos. Disse:
“Chute livre indireto e cartão vermelho por impedir uma clara oportunidade de golo”
Os 47 mil espectadores presentes no estádio Ibn Battuta puderam assim ouvir as razões da grande penalidade anulada, que poderia ter dado à equipa africana o 4-0.
Transparência
Para Mark Bullingham, diretor executivo da IFAB, esta inovação, “é importante, no que toca à transparência, principalmente para a multidão no estádio, receber informações para perceber o que levou a que determinada decisão fosse tomada”.
Desejo de melhorar
Ao contrário do que se passou no final do último século, tenho notado um desejo das instituições que comandam a arbitragem Mundial, FIFA e International Board (IFAB), um desejo claro em inovar. Finalmente, avançam para dar mais instrumentos às equipas de arbitragem. Acho que é o único caminho. Surpreendentemente, vivíamos uma situação ridícula, onde o desporto mais popular do mundo era também o mais arcaico no que dizia respeito às tecnologias.
Inegavelmente, gostemos ou não do vídeo-árbitro, temos de admitir que já não faz sentido a vida sem ele. Ainda mais agora com o auxílio do sistema de fora de jogo semi-automático, o VAR terá um impacto mais positivo.
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