Chegou, finalmente, o dia! O dia de fechar as contas do título ou a jornada de lançar a Liga Bwin para uma louca reta final. Encarnados contra azuis. Águias contra dragões. Otamendi x Pepe. Gonçalo Ramos x Taremi. Otávio x João Mário. Roger x Schmidt x Sérgio Conceição. Assim, se joga o 89º título de campeão nacional, o duelo que tem marcado a história da maior parte dos últimos 40 campeonatos nacionais.
E que diferença que faz um ano! 336 dias depois do SLB x FCP ter sido jogado com o Benfica preso no 3º lugar e a tentar evitar mais uma festa do eterno rival na sua casa, temos este ano, e com a revolução que Roger Schmidt trouxe à Luz, as águias a entrar no relvado com o conforto de 10 pontos de avanço. Que mudança!
O que mudou no FC Porto
Já muito aqui escrevi sobre as melhorias do Benfica em 2022/23 mas, por outro lado, também é de assinalar um enorme declínio do FC Porto para a equipa que foi campeã nacional. Acima de tudo, no plano ofensivo. De um ataque com armas variadas esta versão de Sérgio Conceição passou para uma equipa que ataca quase sempre da mesma forma: pelo centro e com bolas para as costas da defesa adversária.
São 101 bolas de rutura, quase sempre pelo centro (como podem ver na imagem do GoalPoint), uma enorme diferença para a 2ª equipa que mais completou passes para as costas da defesa (77). O Benfica, por exemplo, só tem 57. Mas, além do abuso na mesma forma de atacar, há ainda outro “problema” para Sérgio Conceição: são quase sempre os mesmos a executarem o plano. Assim Otávio, com 32, e Taremi com 13, têm quase metade dos passes de rutura do FCP. Portanto, para o Benfica não sofrer calafrios terá, com toda a certeza, de tomar atenção às movimentações nas costas da sua defesa quando estes dois jogadores tiverem a bola de frente para a baliza.
Destaco também a forma como Galeno carrega a bola, ele que é o jogador que mais vezes transportou a bola, pelo menos 10 metros, na direção da baliza e que mais vezes entrou na área depois de 10 metros com a bola controlada. Vai dar muito trabalho a Bah, como aliás no jogo da 1ª volta.
E, Diogo Costa, o melhor Guarda-Redes desta Liga. São 49 defesas dos 65 remates no alvo que enfrentou e 5,5 xG evitados. Vlachodimos, por exemplo, só evitou 1,2 xG nesta Liga.
Interessante, ao estudar este dragão, é ver que tem uma enorme tendência para marcar entre o minuto 30 e o final da 1ª parte. 17 golos de 56. A maior % num quarto do tempo de jogo, e com alguma distância, que se encontra nesta Liga.
Finalmente, e como quase sempre com Sérgio Conceição, o FCP é a equipa que mais golos marcou (11) em lances de bola parada, sem penalties. É sempre um perigo.
A importância de marcar primeiro
Mais do que em qualquer jogo da nossa Liga, a vantagem emocional de marcar primeiro é fundamental. Vejam bem que o Benfica só conseguiu 4 remontadas, em sua casa, em jogos da Liga, a jogar contra o FCP. Quatro, em toda a história do Campeonato. E a última vez já vem de Novembro de 1972… Incrível!
Por outro lado, o FC Porto, nas suas visitas ao Estádio da Luz, só conseguiu 2 viradas no marcador: 2016 e 1976.
E nessas 6 remontadas que pintam a história do clássico entre SLB e FCP só em 2 jogos a equipa que conseguiu dar a volta ao rival não tinha empatado o jogo nos 12 minutos seguintes ao golo do adversário.
Ou seja, e resumindo a questão: quem marca primeiro muito raramente perde.
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JotaPê
Abril 7, 2023 at 7:19 pm
O resultado normal do patético benfiquinha.
Não há meio de mudar esta cultura mediocre, o medinho profundo de uma equipa de merda que hoje devia ter sido goleada para mostrar a força do Benfica mas não…