Normalmente quem não “mata”…

O Bayern de Munique foi a Paris vencer o PSG na 1ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões 2022/23, por 1-0. Para a história fica um jogão de Kingsley Coman! Fez muito, muito mais que o importante e único golo.

O embate grande da semana não foi um clássico instantâneo mas foi bem entretido e, ao contrário do que se pode pensar ao olhar para o marcador a equipa que terá ficado mais chateada é o Bayern…

Pavard (expulso pelo génio de Messi) é uma baixa importante para o Bayern Munique para a 2ª mão. Mbappé já deverá estar a 100% daqui a umas semanas e viu-se o perigo que vai fazer no sector mais recuado de Julian Nagelsmann. Provavelmente, Galtier aprendeu e voltará ao 3-4-3 que melhor serve este plantel.

Concluindo, os alemães tiveram o PSG à mercê e agora meteram-se a jeito… Não está fechada esta eliminatória e já podia estar.

PSG com um problema tático evidente

O 4-4-2 de Galtier apresentou frente ao crónico campeão alemão foi um fiasco… Retirou do jogo Hakimi e Nuno Mendes, eles que podiam dar explosão e largura ao PSG. Basta ver que só quando Nuno Mendes se soltou o PSG foi a ameaça que deve ser. Que locomotiva!

Mas volto a frisar que o 4-4-2, inegavelmente, em bloco baixo, ofereceu, ao Bayern, na última linha, um fácil 4×5.

Aliás, isso foi evidente no lance do golo: a última linha de 4 dos franceses a ser esmagada pela projeção dos alas alemães e da linha ofensiva de 5 do Bayern. Como podem ver na imagem em baixo, estão só 3 defesas na área pois um tem de sair à largura que os bávaros conseguiram dar com os 3 avançados e os 2 laterais. Com a qualidade técnica e de passe dos de Munique era evidente que mais cedo ou mais tarde o Bayern ia ter um homem isolado nesta posição pois uma compensação dos médios ia falhar, e muito devido à proposta inicial do treinador do PSG.

Não se viu quase nada de coletivo neste PSG. Claro que com Messi e Neymar em campo pode acontecer magia e, individualmente, pintarem o marcador mas é muito pouco com o talento que há neste plantel. O melhor que vi deste ano dos franceses foi em 3-4-3, e mesmo sem Mbappé a tempo inteiro, não percebo a alteração.

Nunca vi ninguém dizer tão claramente às suas estrelas para resolverem sozinhas.